sexta-feira, 27 de novembro de 2009
Última sessão de Nazário
Moacir é o quarto suplente do Partido dos Trabalhadores e assumiu o posto de vereador de 1ª de outubro a 30 de novembro. Ele sai da Casa deixando um projeto em trâmite, que estabelece o fim da tarifa embarcada no transporte coletivo de Joinville.
terça-feira, 24 de novembro de 2009
Nazário quer eleição de comissão de fábrica na Busscar
A eleição de uma comissão de fábrica é garantida pela Constituição. Com ela os trabalhadores teriam a oportunidade de acompanhar a situação da empresa, com abertura da contabilidade do capital ativo e passivo.

Trabalhadores lotaram plenário da Câmara para discutir situação financeira da Busscar, em sessão especial, no dia 23/11
Busscar: o chão de fábrica deve falar mais alto
Tais palavras tornam-se ainda mais relevantes no atual momento em que Joinville acompanha a situação da Busscar, uma das principais empresas de carrocerias de ônibus da América Latina. Desde julho ela volta a passar por muitas dificuldades, pois mantém em licença remunerada cerca de 70% de seu quadro pessoal, hoje ao redor de 6 mil funcionários.
Ninguém quer ou espera que aconteça, mas é preciso alertar que a falta de uma folha de pagamento mensal de R$ 6 milhões será um corte profundo nas condições de vida dos trabalhadores envolvidos e de seus familiares, assim como para a economia de Joinville.
A seriedade dessa situação vai além do quadro funcional da empresa. Cálculos do setor metal-mecânico dão conta de que, para cada posto de trabalho fechado nesse ramo, quatro empregos indiretos são cortados em cadeia. Dessa forma, o desemprego que provocaria o fechamento de uma indústria do porte da Busscar atingiria 24 mil pessoas ao redor e teria conseqüência direta em pequenas e médias empresas.
A resolução desse problema é a responsabilidade a que estão chamados não apenas os gestores do empreen-dimento fabril, mas também os gestores públicos, responsáveis pelo bem estar do povo.
Os fatos e a situação em seu conjunto são muito claros. Para nós, o início da solução poderia ser a eleição livre, direta e secreta de uma Comissão de Fábrica entre todos os funcionários da Busscar, coordenada pelo Sindicato dos Trabalhadores, dotada de estabilidade no emprego, que abra a contabilidade da empresa e passe a controlar sua recuperação.
A direção da empresa patrocinou uma crise em 2004, levantou-se com dinheiro do BNDES e mais uma vez se abate. Recentemente vendeu a recreativa Grenil pela metade do preço avaliado para conseguir pagar a segunda metade dos salários de outubro. É hora de os trabalhadores tomarem seus destinos em suas próprias mãos.
segunda-feira, 23 de novembro de 2009
quinta-feira, 12 de novembro de 2009
Nazário pede o fim da passagem embarcada
A prática de tarifa diferenciada contradiz ainda o Código de Defesa do Consumidor, que considera direito básico a proteção contra práticas e cláusulas abusivas no fornecimento de produtos e serviços.
Processo de Eleições Diretas do PT
O vereador Moacir Nazário é candidato a presidente municipal do Partido dos Trabalhadores. O Processo de Eleições Diretas (PED) acontece no próximo dia 22. Confira abaixo quem são os candidatos a presidente estadual e nacional do PT pela chapa Virar à Esquerda Reatar o Socialismo!, bem como nossa nominata e tese municipal.
190 – Serge Goulart – Candidato a Presidente Nacional
290 – Chapa Nacional
390 – Adilson Mariano – Candidato a Presidente Estadual
490 – Chapa Estadual
590 – Moacir Nazário – Candidato a Presidente Municipal
690 – Chapa Municipal
Nominata Municipal
Moacir Nazário - Foi Presidente da Associação de Moradores do Adhemar Garcia. É Membro da Executiva Municipal.
Adilson Mariano - Vereador do PT Joinville.
Francisco João Lessa - Advogado Trabalhista. Coordenador Estadual da Esquerda Marxista.
Maritania Camargo - Membro do Diretório Estadual do PT e Chefe de Gabinete do vereador Adilson Mariano.
Cynthia Pinto da Luz - Dirigente Nacional do Movimento Nacional dos Direitos Humanos e do CDH Joinville.
Ulrich Beathalther - Dirigente do MovimentAÇÃO (Oposição ao Sindicato dos Servidores Públicos Municipais).
Francisca Schardeng - Presidente da Associação de Moradores do Adhemar Garcia. Membro da Executiva Municipal.
Neide Mensor - Coordenadora da Pastoral da Família no Aventureiro.
Adelmir Jorge Paz Ortis - Presidente do Sindicato dos Marítimos.
Clarice Erhardt - Dirigente Sindical Sinte Regional.
Carlos Alberto Rodrigues - Dirigente Municipal do PT.
Dílson Rosa dos Santos - Líder Comunitário no Petrópolis e militante do MovimentAÇÃO.
Mario Sergio Godinho - Dirigente Sindical do Sinpronorte.
Vera Lucia Fávero - Líder Comunitária no Jarivatuba e Dirigente Municipal do PT.
Lucimara Alves Heerdt - Líder Comunitária no Paranaguamirim.
Catarina da Silva Mafra - Líder Comunitária no Vila Nova.
José Evaristo Heck (Juca) - ex-vereador e Líder Comunitário no Iririu.
Jose Mafra - Líder Comunitário no Vila Nova.
Eliane de Fática Colzani - Militante do MovimentAÇÃO.
Tiago de Carvalho - Dirigente da Juventude Revolução.
Gernilene dos Santos - Líder Comunitária no Aventureiro.
Clarita Mitiko Isago - Militante do Movimento dos Trabalhadores na Educação (MOTE).
Osmar Evaristo Heck - Líder Comunitário no Aventureiro.
Silvestre Rocha - Fundador do PT Joinville e Líder Comunitário no Aventureiro.
Jose Basílio de Matos - Coordenador do Núcleo do PT Boa Vista.
Milton Jaques Zanotto - Dirigente Sindical do Sinpronorte.
Silvia Agostini Pereira - Jornalista e militante petista no Guanabara.
Mara Lucia Tavares - Militante petista no Itaum.
Francisco Cassiano de Lima - Advogado e militante petista.
João Camilo Valter - Líder Comunitário no Aventureiro.
Aluisio Jose da Costa - Líder Comunitário no Jarivatuba.
Elder Ferrari - Militante petista.
Orlando Vessani - Líder Comunitário no Adhemar Garcia.
Comissão de Ética
Carlos Castro - Dirigente Estadual do PT.
Luiz Gustavo Assad Rupp - Advogado e Coordenador do Centro de Direitos Humanos.
José Onirio Martins - Militante Petista no Fátima.
Marlene Machado - Líder Comunitária no Parque Joinville.
Conselho Fiscal
João Batista Martins - Militante Petista no Adhemar Garcia.
Silmara Paula Forster Beathalther - Militante Petista no Estevão de Matos.
Leandro Pereira - Militante Petista.
Vera Maria de Lima - Militante Petista no Jardim Iririu.
Tese Municipal
Virar à Esquerda! Reatar com o Socialismo!
Companheiros e companheiras,
O PT nasceu das grandes lutas contra a ditadura militar e contra a exploração capitalista através das maiores greves e mobilizações de nossa história. O PT nasceu socialista de verdade. Foi com esse espírito que o Partido estruturou-se em Joinville, na luta por emprego digno e moradia para todos, na defesa dos trabalhadores e trabalhadoras, por aumento de salário, na luta pela educação pública e gratuita. Mobilizando a classe trabalhadora na luta por melhores dias.
Durante esse período, o Partido fomentou o surgimento de importantes lideranças e passou a disputar efetivamente a hegemonia política no município. Entretanto, com o passar dos anos, a militância aguerrida, que assumiu as fileiras do Partido desde a sua fundação, passou a ficar a margem com o abandono da organização de base, através dos núcleos e da formação política.
Falta ao PT de Joinville o resgate dos antigos filiados, a valorização daqueles que foram fundamentais no processo de crescimento do Partido. Por outro lado, sentimos a necessidade de impulsionar o surgimento de novas lideranças que possam responder positivamente à imensa demanda de lutas e projetos que temos pela frente, contra a elite burguesa raivosa derrotada pelo Partido na última eleição, após 20 anos de tentativa do companheiro Carlito Merss.
É necessário fazer a crítica ao equivoco tático conduzido pela maioria da direção do partido de integrar ao governo a coalizão com a direita empresarial do PR de Udo Döhler e dos partidos que historicamente governaram Joinville (PMDB, PP, etc). Essa política esdrúxula de alianças foram articuladas, ao nosso ver, de maneira irresponsável, traindo inclusive a própria origem do Partido, que se baseia no fortalecimento da classe trabalhadora e no reconhecimento da luta de classes que sempre irá existir no seio do capitalismo. Em uma cidade operária, temos o dever de mobilizar as massas, ampliar o número de filiados e atender às expectativas dos trabalhadores e trabalhadoras, os verdadeiros geradores das riquezas do município.
Carlito Merss concorreu com seis candidatos e, no primeiro turno, alcançou um expressivo resultado de 106.164 votos, o que correspondia a 37,14% do eleitorado, mais de 13 pontos percentuais acima do segundo colocado, do Democratas. Não era preciso ser especialista para perceber que a maior parte da população votou no PT, ansiando por mudanças. No segundo turno, Carlito ganhou com 170.955 votos e retalhou cargos no governo para as siglas que o “apoiaram”, ampliando a COALIZÃO. A Esquerda Marxista, diante do fato, optou por não ocupar cargos no governo, por entender que a COALIZÃO impediria os avanços que a classe trabalhadora necessita.
Após meses de governo, já podemos falar sobre os efeitos dessa escolha. Não negamos alguns avanços, como é o caso da implantação dos seis meses de licença maternidade para as servidoras e a limpeza dos rios para impedir novas enchentes. Porém, nas questões mais sentidas aos trabalhadores e trabalhadoras a situação se assemelha muito ao que era antes, tendo em vista que muitos dos mesmos de sempre continuam no governo pressionando pelos seus interesses.
O caso do aumento da tarifa do transporte coletivo é sintomático. O reajuste provocou a indignação e mobilização de milhares de jovens e trabalhadores no centro da cidade e trouxe um enorme desgaste para o governo e nosso Partido. Carlito atendeu ao pedido da Gidion e Transtusa e concedeu o maior aumento de tarifa dos últimos seis anos (12,2%). Nosso prefeito ignorou o compromisso firmado numa audiência com representantes de diferentes movimentos sociais, de que não daria aumento antes da realização de um Seminário para debater a situação do transporte, onde seria proposta uma auditoria para verificar a real necessidade do reajuste. Afinal, como confiar nos dados de uma planilha feita exclusivamente por aqueles que a quarenta anos monopolizam ilegalmente o transporte da cidade? Como confiar nestes dados se não há fiscalização no sistema?
Outra batalha tem sido contra a terceirização dos serviços públicos e a divisão dos servidores municipais, cujo processo foi iniciado pelos antigos governos, mas continua no governo Carlito.
Não havia absolutamente nenhuma necessidade de o PT unir-se à burguesia joinvilense para vencer as eleições. A medida apenas deu continuidade ao projeto nacional de COALIZÃO.
Com a proximidade das eleições de 2010, esta política sinaliza aprofundar-se ainda mais na união da Senadora Ideli Salvatti, candidata ao governo do estado, com o empresário Udo Döhler, histórico defensor da oligarquia da cidade, como seu vice. A contradição não é gritante apenas pelas siglas a que pertencem. No percurso de suas histórias, principalmente na década de 1980, eles se enfrentaram diversas vezes, ela sindicalista defendendo os trabalhadores, ele como patrão extremamente reacionário e dono de uma das maiores empresas têxteis do Brasil.
Como socialistas que somos, nosso combate deve ser ferrenho contra os defensores desse modelo capitalista que gera desigualdades e contradições históricas e que, inevitavelmente, está no seu limite. Somos frontalmente contrários a qualquer COALIZÃO com partidos de direita, que não têm no seu programa o caminho rumo ao socialismo. Entendemos que um governo do PT deve se aliar com os trabalhadores do campo e da cidade, com os movimentos sociais (sindicatos, associações de moradores, grêmios e diretórios de estudantes, etc). Para isso, é preciso organizar e fortalecer o Partido de baixo para cima, através dos núcleos de base e da formação política. Somente assim será possível realizar um governo comprometido com o projeto do PT, o projeto socialista.
Somente através da luta diária, constante e mediante o revolucionar permanente é que será possível assentarmos os tijolos dessa nova sociedade. Para isso, pedimos o seu voto na chapa “Virar à Esquerda! Reatar com o Socialismo!
quarta-feira, 11 de novembro de 2009
Debate do PED em Joinville
Da esquerda para a direita, Moacir Nazário, Humberto Mafra e Írio Correa
Da esquerda para a direita, Renê, Adilson Mariano e José Fritsch
quarta-feira, 28 de outubro de 2009
Pavimentação das ruas Cuba e João Albino Moreira
A situação de lama e pó prejudica não apenas os moradores das ruas em questão. Por elas passam diariamente todos os estudantes da Escola Básica Senador Rodrigo Lobo e do Centro de Educação Infantil Jardim Sofia.
A Rua João Albino Moreira já possui a drenagem e a adesão dos moradores para o asfaltamento. Para a Rua Cuba o processo foi encaminhado na reunião. Um novo encontro deve ocorrer quando houver uma definição sobre o novo programa de pavimentação do governo municipal. A proposta do Executivo é que a empresa ganhadora da licitação realize todos os processos necessários para a pavimentação. Hoje, a drenagem é responsabilidade das Regionais, porém na prática não há maquinários nas secretarias e o serviço já é terceirizado.
É importante que, além da reivindicação emergencial pelo asfalto, a comunidade continue organizada para exigir que as secretarias regionais tenham mais verbas e estrutura.
Rua João Albino Moreira
Rua Cuba
quarta-feira, 14 de outubro de 2009
Moacir pede mais atenção aos bairros
O parlamentar citou o Adhemar Garcia, onde exerceu liderança na associação de moradores. “Lá é um verdadeiro exemplo de organização, sentida na consciência política e nas mobilizações por melhorias”, falou. Nazário afirmou que a comunidade já obteve muitas conquistas, mas listou uma série de deficiências que a região ainda tem, como o Centro de Educação Infantil que atualmente está interditado, o Pronto Atendimento inacabado e a má recuperação do asfalto, feita em 2004.
sexta-feira, 9 de outubro de 2009
Moções
607/2009: Apela ao Executivo Municipal para que disponibilize nas secretarias regionais, o volume necessário do material denominado 'bica corrida', para a manutenção das ruas não asfaltadas do município. Bem como a disponibilização dos equipamentos necessários à sua aplicação, garantindo uma maior durabilidade dessas obras de manutenção das vias.
662/2009: Apela ao Executivo Municipal que realize as obras de limpeza e manutenção, urgente e permanente, nos cemitérios de nosso município.
700/2009: Apela ao Executivo Municipal e a Companhia de Gás de Santa Catarina (SCGás), para que as obras de recuperação dos locais onde a Companhia realiza intervenções sejam de qualidade.
729/2009: Apela ao Presidente da República, Luis Inácio Lula da Silva, ao Ministro das Comunicações, Hélio Costa e ao Presidente dos Correios, Carlos Henrique Custódio, para que sejam atendidas as reivindicações da categoria funcional, para que ela possa retornar aos postos de trabalho e dar continuidade ao essencial serviço prestado à Nação.
Assinadas pela bancada do PT:
677/2009: Apelam ao Executivo Municipal que não renove o contrato de locação do equipamento britador e que o mesmo seja utilizado pelo município em uma usina de reciclagem de resíduos sólidos de materiais de construção.
678/2009: Apelam ao Executivo Municipal que adquira três caminhões e que elabore um calendário de recolhimento para atender pequenos geradores de resíduos sólidos de materiais de construção, móveis e eletrodomésticos, nos bairros do município.
quinta-feira, 8 de outubro de 2009
Moacir defende a ocupação da Cutrale
No dia 28 de setembro, 250 famílias ocuparam a área, sendo imediatamente bombardeadas pelos grandes meios de imprensa. O lugar de conflito em questão fica na fazenda Capim, que abrange os municípios de Iaras, Lençóis Paulista e Borebi, em São Paulo. Esse espaço faz parte do chamado Núcleo Monções, um complexo de 30 mil hectares divididos em várias fazendas e de posse legal da União. É também nessa região que estão localizadas cerca de 10 mil hectares de terras públicas reconhecidas oficialmente como devolutas, além de 15 mil hectares de terras improdutivas.
A empresa está sediada em terras do governo federal, ou seja, são terras da União utilizadas de forma irregular pela produtora de sucos. Como forma de legitimar a grilagem de terras públicas, a Cutrale realizou irregularmente o plantio de laranja, tornando-as produtivas. De acordo com nota divulgada pelo MST, a ocupação pretendeu questionar a grilagem de terras públicas, uma prática comum feita por grandes empresas monocultoras em terras brasileiras como a Aracruz (ES), Stora Enzo (RS), entre outras.
Leia abaixo nota de esclarecimento da direção nacional do MST:
Diante dos últimos episódios que envolvem o MST e vêm repercutindo na mídia, a direção nacional do MST vem a público se pronunciar:
1. A nossa luta é pela democratização da propriedade da terra, cada vez mais concentrada em nosso país. O resultado do Censo de 2006, divulgado na semana passada, revelou que o Brasil é o país com a maior concentração da propriedade da terra do mundo. Menos de 15 mil latifundiários detêm fazendas acima de 2,5 mil hectares e possuem 98 milhões de hectares. Cerca de 1% de todos os proprietários controla 46% das terras.
2. Há uma lei de Reforma Agrária para corrigir essa distorção histórica. No entanto, as leis a favor do povo somente funcionam com pressão popular. Fazemos pressão por meio da ocupação de latifúndios improdutivos e grandes propriedades, que não cumprem a função social, como determina a Constituição de 1988.
A Constituição Federal estabelece que devem ser desapropriadas propriedades que estão abaixo da produtividade, não respeitam o ambiente, não respeitam os direitos trabalhistas e são usadas para contrabando ou cultivo de drogas.
3. Também ocupamos as fazendas que têm origem na grilagem de terras públicas, como acontece, por exemplo, no Pontal do Paranapanema e em Iaras (empresa Cutrale), no Pará (Banco Opportunity) e no sul da Bahia (Veracel/Stora Enso). São áreas que pertencem à União e estão indevidamente apropriadas por grandes empresas, enquanto se alega que há falta de terras para assentar trabalhadores rurais sem terras.
4. Os inimigos da Reforma Agrária querem transformar os episódios que aconteceram na fazenda grilada pela Cutrale para criminalizar o MST, os movimentos sociais, impedir a Reforma Agrária e proteger os interesses do agronegócio e dos que controlam a terra.
5. Somos contra a violência. Sabemos que a violência é a arma utilizada sempre pelos opressores para manter seus privilégios. E, principalmente, temos o maior respeito às famílias dos trabalhadores das grandes fazendas quando fazemos as ocupações. Os trabalhadores rurais são vítimas da violência. Nos últimos anos, já foram assassinados mais de 1,6 mil companheiros e companheiras, e apenas 80 assassinos e mandantes chegaram aos tribunais. São raros aqueles que tiveram alguma punição, reinando a impunidade, como no caso do Massacre de Eldorado de Carajás.
6. As famílias acampadas recorreram à ação na Cutrale como última alternativa para chamar a atenção da sociedade para o absurdo fato de que uma das maiores empresas da agricultura - que controla 30% de todo suco de laranja no mundo - se dedique a grilar terras. Já havíamos ocupado a área diversas vezes nos últimos 10 anos, e a população não tinha conhecimento desse crime cometido pela Cutrale.
7. Nós lamentamos muito quando acontecem desvios de conduta em ocupações, que não representam a linha do movimento. Em geral, eles têm acontecido por causa da infiltração dos inimigos da Reforma Agrária, seja dos latifundiários ou da polícia.
8. Os companheiros e companheiras do MST de São Paulo reafirmam que não houve depredação nem furto por parte das famílias que ocuparam a fazenda da Cutrale. Quando as famílias saíram da fazenda, não havia ambiente de depredações, como foi apresentado na mídia. Representantes das famílias que fizeram a ocupação foram impedidos de acompanhar a entrada dos funcionários da fazenda e da PM, após a saída da área. O que aconteceu desde a saída das famílias e a entrada da imprensa na fazenda deve ser investigado.
9. Há uma clara articulação entre os latifundiários, setores conservadores do Poder Judiciário, serviços de inteligência, parlamentares ruralistas e setores reacionários da imprensa brasileira para atacar o MST e a Reforma Agrária. Não admitem o direito dos pobres se organizarem e lutarem.
Em períodos eleitorais, essas articulações ganham mais força política, como parte das táticas da direita para impedir as ações do governo a favor da Reforma Agrária e "enquadrar" as candidaturas dentro dos seus interesses de classe.
10. O MST luta há mais de 25 anos pela implantação de uma Reforma Agrária popular e verdadeira. Obtivemos muitas vitórias: mais de 500 mil famílias de trabalhadores pobres do campo foram assentados. Estamos acostumados a enfrentar as manipulações dos latifundiários e de seus representantes na imprensa.
À sociedade, pedimos que não nos julgue pela versão apresentada pela mídia. No Brasil, há um histórico de ruptura com a verdade e com a ética pela grande mídia, para manipular os fatos, prejudicar os trabalhadores e suas lutas e defender os interesses dos poderosos.
Apesar de todas as dificuldades, de nossos erros e acertos e, principalmente, das artimanhas da burguesia, a sociedade brasileira sabe que sem a Reforma Agrária será impossível corrigir as injustiças sociais e as desigualdades no campo. De nossa parte, temos o compromisso de seguir organizando os pobres do campo e fazendo mobilizações e lutas pela realização dos direitos do povo à terra, educação e dignidade.
terça-feira, 6 de outubro de 2009
Pelo fim do monopólio do transporte
quinta-feira, 1 de outubro de 2009
Moacir Nazário é empossado como vereador
